terça-feira, 26 de julho de 2011

Nevoeiro

Não há nada mais horizonte que o mar
Nada com mais vastidão
Em ondas ou calmaria
Caminho sem rota
Rumo sem ser
Corpo que recebe
Quem por ele quiser singrar
Basta vela e vento
Que num pequeno momento
Está a nau a balançar

Na ponta da proa
Um olhar à toa
Mirando o infinito sem nada ver
Um mais querer
A pulsar no coração
Um não ligar
Ao se formar o nevoeiro
Um sentir que não importa
A visão ou falta dela
Pois a alma do olhar
Está no leme do veleiro 26/07

3 comentários:

Léo disse...

As vezes nos vemos envoltos em misteriosos nevoeiros.. mas sempre há a esperança de que depois dele virá algo melhor..

Abraço

Léo

Anônimo disse...

E a tonta, acostumada demais com o Face, a procurar o "curtir", só para ficar lendo e relendo o que é um sentimento, essa quase ressaca...

beijocas

Unknown disse...

Parabéns pelo Blog!

É de uma sensibilidade incrível, além da riqueza dos detalhes me faz sentir como se eu estivesse vivendo ou presenciando a história!!

Beijos