sábado, 27 de junho de 2009

Poema de um aluno da APAE

Prometi a Nanda, do Eu sou Neguinha, que colaria esse post enviado por ela no meu email.

Promessa cumprida, Minha Nega!

ILUSÕES DO AMANHÃ

'Por que eu vivo procurando um motivo de viver,
Se a vida às vezes parece de mim esquecer?
Procuro em todas, mas todas não são você.

Eu quero apenas viver, se não for para mim, que seja pra você.
Mas às vezes você parece me ignorar,
Sem nem ao menos me olhar,
Me machucando pra valer.
Atrás dos meus sonhos eu vou correr...
Eu vou me achar, pra mais tarde em você me perder.

Se a vida dá presente pra cada um, o meu, cadê?
Será que esse mundo tem jeito?
Esse mundo cheio de preconceito.
Quando estou só, preso na minha solidão,
Juntando pedaços de mim que caíam ao chão,
Juro que às vezes nem ao menos sei, quem sou.
Talvez eu seja um tolo, q
ue acredita num sonho.

Na procura de te esquecer, eu fiz brotar a flor.
Para carregar junto ao peito,
E crer que esse mundo ainda tem jeito.
E como príncipe sonhador...

Sou um tolo que acredita, ainda, no amor.'



PRÍNCIPE POETA

(Alexandre Lemos - APAE)

Este poema foi escrito

por um aluno da APAE,
chamado, pela sociedade,

de excepcional...

Excepcional é a sua sensibilidade!


Ele tem 28 anos, com idade mental de 15
Eu peço que divulguem para prestigiá-lo.
Se uma pessoa assim acredita tanto,
no amor
porque as que se dizem normais se fazem de indiferente?

domingo, 21 de junho de 2009

Vinte palavras de amor

Mãos
pele
arrepio
carinho

Brilho
olhar
rosto
menina
boca
beijar

Longe
sozinhos
som
coração

Noite
luar
corpos
unir
desejo
amar

15/08/88

PS: acho que continua atual, vinte e um anos depois ...

terça-feira, 16 de junho de 2009

Rochedo

A noite chegou!

As luzes apagadas
as nuvens se espalham,
esparsam,
dispersam
e se voltam a juntar.

O vento
se enfraquece, volteia,
em gestos lisos
sopros sutis
mostrando no escuro sua face mulher:

Brisa!

A brisa passa
olor de aroma
perfume de noite
de areia
de mar,
a brisa passa
te vê
acaricia

Teu corpo desnudo
por sobre o rochedo
se estira mostrando
a cútis à madrugada

A brisa é fresca
lhe passa
lhe afaga
lhe traz um arrepio
à pele em flor!

Cabelos
orvalhos
cabelos molhados
lhe caem no rosto,
nos ombros
na pedra

A blusa
diáfana
se queda aberta
voando em espaços
ao sopro da brisa

A noite, de escura
te olha e não vê
A brisa é mulher
te olha e não vê
Apenas ao longe
pra lá do infinito
num astro qualquer
Meus olhos te espiam
de longe te espreitam
amando você

28/12/81

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Aliança

Assim como um anel
os braços envolvem
fazendo-se aliança
Unindo
pele a pele
os corpos desnudos
que lentamente se roçam
Trocando entre si
cálidas carícias
num prenúncio de amar

28/12/89