terça-feira, 26 de julho de 2011

Nevoeiro

Não há nada mais horizonte que o mar
Nada com mais vastidão
Em ondas ou calmaria
Caminho sem rota
Rumo sem ser
Corpo que recebe
Quem por ele quiser singrar
Basta vela e vento
Que num pequeno momento
Está a nau a balançar

Na ponta da proa
Um olhar à toa
Mirando o infinito sem nada ver
Um mais querer
A pulsar no coração
Um não ligar
Ao se formar o nevoeiro
Um sentir que não importa
A visão ou falta dela
Pois a alma do olhar
Está no leme do veleiro 26/07