quinta-feira, 17 de junho de 2010

Poema para Mahria

Foi no mesmo dia 10, assim como ao visitar Rebeca & JC, a leitura de lá fez surgir um poema por cá. No caso, ao visitar Mahria, cujo post no dia falava sobre um novo poema. Então, resolvi dar um pitaco ...


Um novo poema
é como um sopro renovado
pedaço de brisa fresca
que passa e arrepia a pele
que toque e areje a alma
que traga um verso de calma
que vente uma estrofe de amor
que não exagere no pudor
pois só assim se pode amar
com muito sim, com pouco não
se não quiser silenciar
o mais bater do coração

10/06/2010


Para quem não conhece Mahria, é só ir ao Entretantas ...
http://wwwantesqueeuesqueca.blogspot.com/

sábado, 12 de junho de 2010

JC & Rebeca

É só ir lá ao blog deles que dá vontade de fazer um poeminha mais apimentado ...

Se juntar a fome
Com a vontade de comer
Se juntar seu nome
Com o gemido do dizer
Se você que me consome
Na hora de enlouquecer
Se a bebida que se tome
É néctar de prazer
Não me diga não
Não me negue o seu tesão
Não tire de mim a mão
Não dispense minha paixão
Deixe eu estar dentro de ti
Te deixar fora de si
Ver tua boca que sorri
Ver nos olhos o que eu li
Que a lua é pequena
Na noite serena
De perfume em flor
De cheiro de cor
Vermelho de amor
Falta de pudor
Desejo de rasgar
Querer dilacerar
Vontade insaciável
Furor inigualável
Fagulha que inflama
No quarto, é chama
E incendeia sua cama
Aquele que te ama 10/06/2010



Para quem não conhece esse casal, é só visitar: http://www.nectardaflor.com.br/

terça-feira, 1 de junho de 2010

Trocando cartas ...

Como bem sabes, não se saboreia certos pratos em hora errada. E textos são pratos, com o perdão da ofensa aos puristas das letras, e mais que isso, são pratos deliciosos. Tudo bem que vez ou outra o sabor é insosso o suficiente para se optar pela fome, mas fiquemos com o lado bom da porcentagem e apreciemos os bons textos nas horas em que seja realmente a sua hora de ser lido.

A vida continua corrida por aqui e o cotidiano tem 12 horas obrigatórias a serem cumpridas, sob a pena de não se fazer o que pede o crachá acima e os que estão acima dele. Não será para sempre, mas o horizonte foi pintado na mente e agora eu o desejo bastante nas telas da realidade. Há muito o que se fazer e mais de ano e meio já se passou nessa empreitada onde se navega em mar sempre revolto, com mínimos de calmaria vez ou outra a esperar pela nova tormenta ou fazer de ondas.

São poucos minutos além das oito e a matina já vai tomando ares de manhã. A ausência de ontem na banca se fazia necessária, é preciso estar junto aos seus em datas festivas, ainda mais quando a data é de alguém que, mesmo sendo dos seus, volta e meia é visto pela berlinda. Não importava tanto o cansaço dos olhos, valia um sorriso na dona da festa e isso ainda não tem preço nem código de barras.

Mais um pouco além das oito, mas já lá se vão uns bons quinze minutos de quando comecei a leitura de Lutier, ao menos do pedacinho que me enviaste. Confesso, o Estácio me é ignoto. Não de nome, que aí seria alienação, mas de vista e presença. Não importa muito isso agora, nem mesmo o casarão que está lá. Importa mesmo é o outono e suas folhas. Deveria ser matéria obrigatória nas escolas e fazer parte da lei: todo mundo deveria, ao menos uma vez na vida, pronunciar alguma sentença onde tivéssemos a presença de "folhas de outono", porque existem poucas coisas na face desse Planeta que sejam mais bonitas que folhas de outono e toda a magia que as envolve.

Não importa muito qual seja o tom da cor, que seja sua queda ou a colcha que desenham ao cair no chão, entre gramas, calçadas e guias, após um inigualável vôo de leveza pelo ar de outono, ainda que essa leveza se mostre em rajadas e ventanias tais.

Olhares perdidos no infinito, foto em preto e branco e folhas no jardim da praça ou das casas. Nada disso teria muito valor se não fosse o outono, não teria charme nem sabor. Seriam, apenas, meros escritos insossos.

Ao te ler, fico imaginando o outono no Estácio. Quem sabe um dia? O inverno vem se chegando, talvez agora só numa próxima estação, pois esse trem já passou. Mas nem só de imagens vive a retina e é possível desenhá-lo na mente através de um bom par de letras. E enquanto houver penas, a sua inclusa, é claro, o Estácio estará logo ali, a uma grafia de distância.