terça-feira, 1 de junho de 2010

Trocando cartas ...

Como bem sabes, não se saboreia certos pratos em hora errada. E textos são pratos, com o perdão da ofensa aos puristas das letras, e mais que isso, são pratos deliciosos. Tudo bem que vez ou outra o sabor é insosso o suficiente para se optar pela fome, mas fiquemos com o lado bom da porcentagem e apreciemos os bons textos nas horas em que seja realmente a sua hora de ser lido.

A vida continua corrida por aqui e o cotidiano tem 12 horas obrigatórias a serem cumpridas, sob a pena de não se fazer o que pede o crachá acima e os que estão acima dele. Não será para sempre, mas o horizonte foi pintado na mente e agora eu o desejo bastante nas telas da realidade. Há muito o que se fazer e mais de ano e meio já se passou nessa empreitada onde se navega em mar sempre revolto, com mínimos de calmaria vez ou outra a esperar pela nova tormenta ou fazer de ondas.

São poucos minutos além das oito e a matina já vai tomando ares de manhã. A ausência de ontem na banca se fazia necessária, é preciso estar junto aos seus em datas festivas, ainda mais quando a data é de alguém que, mesmo sendo dos seus, volta e meia é visto pela berlinda. Não importava tanto o cansaço dos olhos, valia um sorriso na dona da festa e isso ainda não tem preço nem código de barras.

Mais um pouco além das oito, mas já lá se vão uns bons quinze minutos de quando comecei a leitura de Lutier, ao menos do pedacinho que me enviaste. Confesso, o Estácio me é ignoto. Não de nome, que aí seria alienação, mas de vista e presença. Não importa muito isso agora, nem mesmo o casarão que está lá. Importa mesmo é o outono e suas folhas. Deveria ser matéria obrigatória nas escolas e fazer parte da lei: todo mundo deveria, ao menos uma vez na vida, pronunciar alguma sentença onde tivéssemos a presença de "folhas de outono", porque existem poucas coisas na face desse Planeta que sejam mais bonitas que folhas de outono e toda a magia que as envolve.

Não importa muito qual seja o tom da cor, que seja sua queda ou a colcha que desenham ao cair no chão, entre gramas, calçadas e guias, após um inigualável vôo de leveza pelo ar de outono, ainda que essa leveza se mostre em rajadas e ventanias tais.

Olhares perdidos no infinito, foto em preto e branco e folhas no jardim da praça ou das casas. Nada disso teria muito valor se não fosse o outono, não teria charme nem sabor. Seriam, apenas, meros escritos insossos.

Ao te ler, fico imaginando o outono no Estácio. Quem sabe um dia? O inverno vem se chegando, talvez agora só numa próxima estação, pois esse trem já passou. Mas nem só de imagens vive a retina e é possível desenhá-lo na mente através de um bom par de letras. E enquanto houver penas, a sua inclusa, é claro, o Estácio estará logo ali, a uma grafia de distância.

10 comentários:

jurandyr disse...

GARÇON, MAIS UMA RODADA....TÁ BOM DE MAIS.

~*Rebeca*~ disse...

Meu amigo, o necessário muitas vezes nos tira o essencial, aí ficamos sem outonos. Uma tristeza, mas pelo menos as estações funcionam diariamente, não é?

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Você quando resolve aparecer o faz em grande estilo. Muito bom o enredo, no qual não é nada difícil de por em prática.

Vai valer um post.

abraço e até mais.

Jota Cê

~*Rebeca*~ disse...

Flávio,

Pensa que é assim, escreve bonito pra gente e fica por isso mesmo?

Guenta aí que vou já fazer uma surpresa pra ti.

=]

Rebeca

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Monday disse...

Jura

A próxima rodada vem em breve ...

Monday disse...

Rebs e JC

Que você não teria dificuldades com o "papel", eu tinha certeza ... rsss

E eu penso que é assim mesmo, Rebs ... kkkkkkkkkkkkkkkkk

~*Rebeca*~ disse...

Vai lá no blog!

=]

Rebeca

-

Chris B. disse...

Talvez ;)

Obrigada pelo carinho.
Beijo.

Valéria lima disse...

Devemos sempre estar em contínua leitura. Algumas nem valem tanto a pena, outras nos arrebatam , agraciam-nos com felizes sorrisos e espantos de admiração. Haverá muitos finais felizes acumulados para você ao longo do seu existir…

BeijooO*

Poupée Amélie™ disse...

Olá! Obrigada pela visita e comentário registrado em meu blog.
Adorei seu texto. Muito bem escrito.
BjO*

Poemas e Cotidiano disse...

Vim da Rebeca ate aqui. E adorei! Li a poesia que fez para esses dois amores, e tambem esse seu belo texto.
Adorei! Tao lindamente escrito.
Parabens!
Beijao!
Mary