quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Síndico

Vânia tocou a campainha do porteiro eletrônico e aguardou. Não demorou para ser atendida:
- Pois não?
- Apartamento 63, Denise, por favor.
- Seu nome?
- Vânia. Eu sou a mãe dela.
- Um momento, por favor.
- Obrigada.
Ficou ali, parada diante do portão de ferro, esperando pela resposta.
- Dona Vânia, a senhora vai subir?
- Não, obrigada. Peça para ela descer que eu vou aguardar aqui em abaixo mesmo.
- Um momento, por favor.
Distraiu-se com um carro que passou na rua. “Bonito! Queria ter um assim!”
- Dona Vânia, a Denise já vai descer. A senhora não gostaria de entrar e aguardar no hall?
Pensou por alguns instantes. “Por que não?”
- Está bem, eu aguardo aí dentro.
- Pois não. Um momento que vou acionar o portão automático.
O porteiro apertou o botão, acionando o motor que abria o portão de entrada. Ela aguardou por uns instantes até que ele abrisse bastante, entrou, parou diante do segundo portão. Depois que o primeiro fechou, aguardou o segundo se abrir e entrou no jardim que ficava na frente do edifício. Acenou para o porteiro “tão educado, nem parece porteiro!”, caminhou até o hall de entrada.
Havia ali uma pequena sala com dois sofás, uma mesinha central e um tapete sob a mesinha. Piso frio, de granito, acompanhando o estilo do resto do prédio. Dirigiu-se a um dos sofás e largou o corpo, confortavelmente. “Ah, que delícia isso aqui!”
Ficou ali, olhando para os quadros que enfeitavam as paredes da sala, tudo de muito bom gosto. Começou a pensar sobre os últimos anos, a separação, recomeçar a vida, viver sozinha, ou melhor, com uma aborrecente dentro de casa, fazendo ping-pong entre as casas do pai e da mãe.
Pelo jeito, ele estava bem de vida. O prédio era bonito, de bom nível, não deveria ser muito barato para morar ali. “De quanto será o condomínio aqui?” – se perguntou. “Uns quatrocentos e cinqüenta, quinhentos? Se bem que síndico não paga. Belo golpe deu aquele safado!”
Denise demorava para descer, mas o conforto do sofá acabara com sua pressa. Estava cansada, era sexta-feira e aquele repouso estava lhe trazendo uma ótima sensação. Deixou o corpo escorregar para poder apoiar a cabeça no encosto do sofá. Fechou os olhos, teve vontade de dormir. Uma leve soneca, só para despistar o sono. Resistiu à tentação, não pegava bem alguém dormir no hall de entrada de um prédio como aquele.
“Jorge de síndico! Quem diria? Deve ter sido só para não pagar condomínio. Malandro!”. Começou a relembrar as passagens vividas a dois, os bons momentos, as brigas, a separação. Gostava dele, chamava de safado mas com uma conotação positiva, não queria significar algo ruim. “É, safado talvez não seja o melhor termo, as pessoas sempre vão entender de forma pejorativa. Malandro é melhor: meu eterno malandro!”. Abriu um sorriso no rosto. Ainda tinha um bom apreço por ele, talvez pelo efeito positivo da distância, que eliminava o desgaste do convívio e trazia boas lembranças dos tempos em que dividiram o mesmo teto.
“Ele sempre foi elegante, tinha muito charme. Foi assim que me pegou de jeito, aquele pilantra! Ah, como foi difícil se fazer de difícil para aquele homem! Eu olhava, babava, fingia que não era comigo e ele ali, me cantando, jogando papo em cima de papo e esbanjando charme. Quase perdi de tanto querer fazer doce: minha “amiga” caiu matando em cima dele. Mas aí, ah, aí não deixei barato. Lembro até hoje, que loucura: ele me ligou para bater papo, estava meio frio comigo. Também, pudera, eu não dava uma brecha, acho que ele estava cansando. Quando vi que iria perder a parada, bateu o desespero. Dei um jeito de fazer cair no assunto de cinema, ele acabou perguntando se eu queria pegar um. Topei na hora, marcamos, ai, meu Deus, eu coloquei aquela mini-saia escandalosa, onde eu estava com a cabeça? Que bandeira! Ele percebeu na hora que me viu: entreguei o ouro pro bandido! E o desgraçado aproveitou cada grama do ouro que eu dei pra ele de bandeja. Como ele abusou, pilantra! Mas valeu a pena!”.
- Oi, mãe, tá viajando? – interrompeu Denise.
- An, ah, é você? É, tava aqui concentrada, pensando em algumas coisas.
- Coisas boas, não?
- Por que você tá perguntando isso? – estranhou.
- Pela sua cara. Tava com uma feição tão alegre ... nem parecia você! – soltou, sarcástica.
- Já vai começar?
- Tá bom, desculpe. Mas a cara tava legal mesmo.
- E esse moço aí é o ....
- Pepe ... meu namorado.
- Ah, você é o tal do Pepê! – falou, enquanto media o rapaz de cima até em baixo.
- Pé-pe, não é Pepê, mãe! E ele não é o tal do, é só o Pepe.
- Sei – respondeu, seca.
Pepe parecia não estar nem aí, motivo pelo qual talvez irritasse ainda mais a sua “sogra”.
- Oi, Dona!
- Eu tenho nome, moleque!
- Ele não é moleque, mãe. E tem nome, também.
- E eu não sou Dona, madamezinha! – aumentando o tom de voz.
- Fica fria, Dona, tá tudo em paz.
Vânia estava irritada. Levantou-se, passou batida pelos dois.
- Vamos logo, que eu tenho mais o que fazer.
- Se é um sacrifício ter que me pegar, então nem precisava ter vindo. Pode me dar um passe que eu vou de ônibus.
- Escuta aqui, sua fedelha: você me faz sair de casa, pegar esse trânsito caótico só para vir te buscar de volta, me aparece com esse projeto de hyppie versão século vinte e um, e agora vem com essa que não precisava. Não quer vir, não venha. Volta pra casa a pé, que eu não vou dar passe pra ninguém.
- Você só sabe reclamar, reclama de tudo! Eu mal cheguei e você já veio com suas neuroses pra cima de mim, metendo o pau em tudo que eu faço. Você nem parece minha mãe, eu devo ter sido abandonada na porta da tua casa e você se arrepende até hoje de ter ficado comigo!
- Ah, não, crise de adolescente na sexta eu não agüento! Quer saber de uma coisa: volta lá pra cima e pede pro teu paizinho te levar. Eu tô fora! Tchau.
Vânia pegou a bolsa que tinha esquecido sobre o sofá e dirigiu-se à porta de entrada do hall.
- Mãe.
Ela fingiu que não escutou e continuou andando.
- Ô mãe, tô falando com você! Tá surda, por acaso!
Vânia parou diante da porta, colocou as mãos na cintura, virou-se e perguntou:
- O que é que foi agora, Denise?
- O papai não está.
Ela arregalou os olhos.
- O QUE?
- É, isso que você ouviu. Não usou cotonete hoje, não?
Pepe colocou a mão sobre o braço da namorada, sinalizando para ela pegar leve.
- E você não se mete, moleque!
- Ele não é moleque, já te falei! – gritou com a mãe.
- E eu posso saber o que o casalzinho estava fazendo sozinho no apartamento daquele irresponsável do seu pai?
- Meu pai não é irresponsável. E se ele não está aqui é por que tem coisas pra fazer. Além disso, eu tenho a chave do apartamento, não dependo do meu pai para entrar e sair na minha casa ...
- Sua casa? Ah, essa é boa!
- Minha casa, sim senhora. Meu pai já falou que o que é dele é meu também.
- Era só o que me faltava!
Ficou olhando para a filha, com uma expressão irônica no rosto.
- Deixa pra lá, não vou nem entrar no mérito. E vamos parar de enrolar e respondendo logo ao que eu te perguntei: o que é que os dois faziam sozinhos lá em cima?
- A gente tava dando uma trepadinha, Dona. Sabe, de vez em quando é bom, ajuda as pessoas a relaxarem um pouco.
Vânia ficou irada. Denise começou a rir.
- Seu... seu... mas que petulância. Escuta aqui, moleque, você me respeita ...
- Eu respeito quem me respeita, Dona. A senhora tá sentando a lenha desde que me viu, não me cumprimentou, não respondeu ao meu cumprimento ... eu tô até sendo muito educado com a senhora, Dona.
- E para de me chamar de dona ... – gritou.
- Se a senhora se apresentasse ...
Um morador desceu até o hall. Parou diante dos três, interrompeu a discussão.
- Desculpe a intromissão, mas posso saber o que se passa aqui?
- E eu posso saber quem é o senhor, por acaso? – indagou Vânia.
- Por acaso, eu sou o sub-síndico do condomínio. Recebi um telefonema de um morador se queixando que estava tendo um tumulto no térreo e vim verificar. E a senhora, quem é?
- Eu sou a mãe dessa criatura desnaturada, filha de um pai irresponsável que entrega para a filha a chave do próprio apartamento ...
- Bem, minha senhora, seria meio complicado que ele emprestasse a chave de outro apartamento que não o dele – ironizou.
- Parece que só tem engraçadinho aqui nesse prédio. Quero ver quando eu chamar o juizado de menores e mostrar que isso aqui não passa de um local destinado ao encontro às escondidas para prática de atos impróprios de menores de idade.
- A senhora está passando bem? – retrucou o sub.
- O que o senhor está querendo insinuar? – replicou, totalmente fora de si.
- Minha senhora, por favor, vamos sentar e conversar de uma forma civilizada.
- Eu vou sentar porra nenhuma!
Denise não sabia onde enfiar a cara.
- Mãe, pelo amor de Deus, não me faz passar mais vexame. Senta e se acalma.
- Ah, agora vem você também. Que é isso, um complô?
- Minha senhora, por favor ...
- E não me venha com esse papo de minha senhora, porque eu sei muito bem o que ...
- QUER FECHAR ESSA MATRACA, CACETE! – berrou o sub.
Vânia tomou um susto. Mas parou de falar.
- Me desculpe o berro, mas é que a senhora não parava ... – tentando ser polido.
Ela acalmou-se um pouco. Ele dirigiu-se até ela, calmamente, estendeu a mão, pedindo a dela. Trouxe-a até o sofá, sentaram-se.
- Como se chama sua mãe?
- Vânia.
- Posso chamá-la só de Vânia, minha senhora? – falou calmamente.
Ela concordou com a cabeça.
- Está mais calma agora?
- Já estou melhor.
- Bem, Vânia, desculpe me intrometer na sua vida, mas eu acho que antes de acusar alguém a gente precisa ter certeza do que fala, para não ser, no mínimo, injusto.
- É que essa menina me tira do sério!
- Eu! – exclamou Denise.
- Por favor, Denise, deixa eu conversar com a sua mãe.
- Tá bom, eu fico no meu canto.
- Obrigado. Como eu ia dizendo, é preciso tomar cuidado com certas insinuações. O Pepe mora aqui no condomínio também e provavelmente eles não estavam sozinhos no apartamento do Jorge. Ela deve tê-lo chamado para se despedir, quiçá para apresentá-lo a você.
Vânia riu.
- O que foi?
- Faz um século que eu não ouço alguém falar “quiçá”.
Pepe e Denise também estavam rindo. Aquilo ajudou a descontrair um pouco o ambiente pesado.
- Pode ser, pode ser – divagou Vânia. – Ah, essa maldita fase de adolescência, está me deixando maluca.
Denise olhava pra mãe. Com os olhos, apontava discretamente na direção do namorado. Vânia entendeu e aceitou a deixa da filha.
- Pepe, desculpe pela forma como te tratei. Acho que fui muito preconceituosa.
- Tem nada não, Dona ... Vânia.
E riu.
- Menino ...
- Bom, espero que tudo esteja bem agora.
- Vamo embora, mãe? Ou vou ter que ir de bumba?
- Não, filhinha pentelha da mamãe, você vai comigo.
Denise deu um abraço na mãe, fizeram as pazes. Deu um beijo no namorado, discretamente, para não criar mais problemas, despediu-se do sub, agradecida. Saíram do prédio, foram até o carro, estacionado logo adiante, entraram e se puseram a caminho de casa.

- - -

- Está boa a lagosta?
- Hm, deliciosa. Você nunca me levou para comer lagosta quando a gente era casado!
- Ah, então foi por isso que nós nos separamos? – brincou.
- Claro que não, seu bobo! Não sei ao certo por que foi, acho que não houve um fato assim marcante.
- É, acho que não.
Continuaram comendo.
- Você me dá licença? – ele pediu. – Preciso ir ao toalete.
- Claro, à vontade.
Jorge levantou-se e foi em direção ao toalete. Na realidade, fora apenas um despiste. Chegando lá, pegou o celular e ligou para a filha.
- Alo!
- Oi, De, sou eu. Tudo em paz aí?
- Tudo, pai.
- Estão se comportando?
- Estamos, melhor do você pensa – gracejou. – E aí? Acalmou a fera?
- Tô tentando. A lagosta já está sendo meio caminho.
- É, mas eu acho que o problema da mamãe é mais embaixo!
- Comporte-se, menina. Respeite sua mãe!
- Ah, pai, faz um esforço, tira o atraso dela, vai?
- Denise, mais uma dessas e eu tiro tua chave por um mês!
- Epa, chantagem não! Aí é sacanagem, pai!
- Sacanagem é ficar cafetinando a própria mãe, mocinha!
- Mas é para o bem dela, pai. – dando risada.
- Tá bom, então eu levo ela pra cama, capricho ao máximo, ela descobre que ainda me ama e a gente volta a morar todo mundo junto, topa?
- Morar junto, de novo? Todos os dias, sem ter casa do pai pra escapar?
- Que tal?
- Pensando bem, acho que a lagosta garante uma folguinha por algum tempo! Mas dá um reforço na sobremesa, por via das dúvidas.

35 comentários:

Letícia disse...

Monday,

Sou a Vânia - por partes. Entrei no devaneio dela de lembrar do marido e senti raiva da filha dela também. É a vida pegando no pé da gente e sendo assim, tão irônica. Esse texto é bem o fruto do que a gente passa. Lembranças, filhos se comportando como já nos comportamos um dia e um marido que é ex, malandro, pilantra e ainda é síndico pra não pagar condomínio. Você escreve a vida da mulher de hoje. Muito bom, Flá.

Beijos.

Anônimo disse...

Cumplicidade é coisa boa demais! :)

Sentimental ♥ disse...

kkkkkkkkkkkkkkk, melhor caprichar na sobremesa mesmo, a vânia é muito chata...

Anônimo disse...

Devo admitir que me fascinei no decorrer das linhas.
Obrigado sempre pelas palavras em meu blog, sua presença inconstante é muito querida.

Um abraço.

Anônimo disse...

hahahhaha... ai MelDelzzzzzz! Q engraçadoooo!

Até me lembrei da minha tia... Não, Ela não é a Vânia. Mas é síndica do prédio dela, e justamente para não pagar condomínio, claro! Mas também não haveria melhor síndica q ela!!! Abono de condomínio mais q merecido! ^^

bjks!!

Tamires Lima disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tamires Lima disse...

Flá,
Ah, estou dando risada até agora com a as atitudes [im]pensadas da Vânia.
A Denise e o Pépe [ou Pepê, rs], me lembrou muito um casal de amigos. Vivem fugindo pra casa do pai dele, que é separado da mãe. Mas eu senti um revival aí, e por ambas as partes. E eu gostei do Jorge: cúmplice, malandro, safado, e ainda cavalheiro, mesmo com jeito de LOBOBO, rs.

Uns beijos, Mon.

PS.: Post loongo, mas muito bom de ler. Que nem dá tempo pra cansar.Parabéns!

PreDatado disse...

Caramba, eu que detesto ler linha brancas sobre fundo negro, fico assim que nem sei, vendo persianas de janela em frente dos óculos, eu, dizia fiquei agarrado.
E vc não escreve uma novela pra Globo pq?

Tá, pode ser pra Bandeirantes se vc prefere.

Ju disse...

Tadinha da Vânia...
Só quero ver essa sobremesa!!! rsrsrs
Bjos!!!

Monday disse...

Le

quem se divertiu mesmo fui eu, escrevendo esse livro ... a fauna humana é riquíssima ... rsss

Mi

principalmente entre pai e filha ...
as minhas que o digam ...

Sent

ai, amiga, talvez fosse só uma fase, tipo assim ...

Monday disse...

Naty

você fez uma postagem muito rica, menina ... merece todos os elogios ....

Pink

eu, particularmente, acho que o comentário foi maldade de ex-mulher ...

Ta

fiz uma experiência de colocar o texto todo de uma vez ... como vc pediu ... rsss

e esse também não tinha onde cortar, pra fazer em 2x sem juros no cartão ... rsss

Monday disse...

Pre

escrever novela pra TV é vender a alma ... vc não é dono da história, tem que ficar enfiando propagandas descaradas no meio das cenas e ainda só pode dar o rumo que dá ibope ...

prefiro ficar somente nos meus livros e músicas, que se não ficar conhecidos no mundo todo, ao menos podem chegar a algumas pessoas que gostam de ler e ouvir música ...

mesmo assim, grato pelo elogio!


Gauchita linda do meu coração

eu acho que o Jorge já aprendeu a lição básica: nem todo revival é salutar ... rssss

eu diria que a sobremesa vai ser mesmo o que estiver no carrinho do restaurante ...

Desejos Aliciantes disse...

aff como vc escreve bem heim
haja imaginação...
o pior que esse texto me lembrou que algumas pessoas se separam mas quando poderiam estar juntas ainda...
sei lá acho que é falta de tato...
traições acontecem sem que haja um pouco de respeito...
o amor não é preservado...
o fato é que acontece...
uma pena...
mas então você gostaria de ter um boa noite daqueles descrito lá no meu texto? rsrs
Quem não gosta né
Tô aqui pra te desejar boa noite
com direito a beijo e tudo tá bom
ah beijo pra sua filha também
:*

Izinha disse...

uauuuuuu adorei, como vc mesmo disse a fauna humana é riquíssima e vc sabe como explorá-la.

beijinhos!

Anônimo disse...

Vânia. Bruxa má?
Sei não.
Existem mães assim?
Oo

P.S.: achei que aqui só vislumbravam poemas....(:

Desejos Aliciantes disse...

Ah sim entendi...
pior que de vez enquando acontece...rs
Obrigada pela visita carinhosa
Que vc tenha uma linda Quinta
Beijos

Juliana disse...

esse post MA-RA-VI-LHO-SO me fez lembrar quando eue ra um pouco mais nova, e minha amiga me disse a seguinte coisa, "minha mãe me perguntou o que eu tanto fazia na casa do farofa! e eu disse que a gente estava transando a tarde toda, ela riu, e não acreditou em mim!"
ahahahaha
é incrivel, comoa s evzes, falamos a verdade, mas é muito mais fácil não acreditar!
A vânia é muito estressada, mas eu qeuria que ele desse um creu nela, pra ela acalmar os nervos! e a Denise, podia arrumar um namorado que nao tivesse apelido de pépe!
adorei
mesmo!

Branca disse...

Gostei Monday, retratou bem uma separação, os questionamentos que às vezes passa do porquê que acabou a relação, as dúvidas, a saudade, o desejo reprimido, a raiva, a cumplicidade que a filha sempre tem com o pai (é assim mesmo rs) e o mais cruel rss, conseguiu mostrar que pra maioria das mulheres a falta de sexo fica estampada na cara...o mau-humor, a impaciência, o estresse, a falta de um sorriso...tem quem não consiga despistar mesmo.



Então vc faz músicas...canta tb? Coloca pra gente ouvir...

bjo carinhoso pra vc!

Monday disse...

Desejos

é, imaginação é bem fértil por aqui ... rsss
mas a intenção do livro era esse mesma: falar das cenas que só os humanos conseguem protagonizar ...

bjks pra ti tb, menina

Izinha

bom, eu tento ...

Gabriela M.

não diria que ela é má, mas talvez tenha se arrependido um pouco das decisões tomadas ...

mas não fica triste porque não tem só poemas, tá? ainda tem um montão deles pra postar, fora os novos que eu escrever ...

Monday disse...

Ju

eu sempre digo que é melhor falar a verdade ... rssss

mas eu acho que o problema da Vânia é mais desilusão ... de ver que o ex está bem e ela, numa batalha mais dura ... daí o stress por qualquer coisa e essa dúvida sobre o que realmente deveria fazer da vida agora ...

Branquinha

a filha dela sacaneou legal, né? mas as vezes, isso acontece mesmo, e não é só com as mulheres ... tá cheio de homem mal amado que fica um porre!

quanto às músicas, eu já fiz algumas sim ... o poema da Sabrina, de 10/02, é uma música na realidade ...

um dia desses, quando eu gravar direitinho, eu coloco aqui pra perturbar o ouvido de quem vem ao blog ... rss

Anônimo disse...

Querido!
Tô praticamente convencida de que a cumplicidade está antes do amor. Penso nisso e vejo meu pai. Mas aí... Cumplicidade e Amor estão de mãos mais que dadas.

Sobre saudade:
Eu mooooooooooorro de saudade de você! E esta vida de compromissos maiores que o anel de Saturno acabam com a minha raça.

=)
Meu beijo.

Desejos Aliciantes disse...

Nossa, assim eu vou ficar envaidecida heim
:)
Vc é muito gentil...
Obrigada
Ainda bem que vc gosta do que eu escrevo...
eu apenas tento expressar pensamentos e emoções...
agora escrever mesmo quem escreve é vc
Olha só os textos desse menino!
Quanta imaginação...
Feliz deve ser a moça a quem vc dedica toda essa imaginação...rsrs
Boa noite pra vc
Beijos aliciantes

Ju disse...

Vale a pena voltar aqui só pra ler o 'gauchita linda do meu coração'!! rsrsrs

Ah, eu não uso saia não mesmo... rsrsrsrs Mas estou começando a gostar dos vestidos!!

Bjos!

... disse...

"Ele sempre foi elegante, tinha muito charme. Foi assim que me pegou de jeito, aquele pilantra! Ah, como foi difícil se fazer de difícil para aquele homem!"


hahahaha, eu tenho exatamente os mesmo pensamentos quando lembro " dos passados" sem a conotação pejorativa!

Bjos

Anônimo disse...

Flá...
Adorei o texto mocinho....me fez pensar que muito disso ai,é diario e o que observo são todas as experiencias que deveriam ou devem ser aprendidas...
Texto delicioso de ler e que me faz pensar muito..
Beijocas Nega

Fátima disse...

busquei o poema que citou no comentário por curiosidade...
tinha razão, é lindo.

e como disse a Iara, ele é do Gonçalves Dias...

Líviarbítrio. disse...

ADOREI o final.
Muuito bom!

Ahh, se eu tivesse um pai assim.
E coitada da Vânia, por isso ela é tão chata.

Beijos.

Cris_do_Brasil disse...

Nossa, que tudo essa postagem!
Ao mesmo tempo que vc mostrou as nóias de Vânia, mostrou tb o quanto ela era doce, questionando sobre as lembranças de um casamento que rendeu uma pestinha. Pestinha nem tanto, uma aborrecente apenas.

Ééé, tem muitas maes deixando a desejar no afeto e na compreensão aos conflitos dos filhos de pais separados, da mesma forma que alguns pais.

O bom é que no final tudo acaba em pizza, quase sempre, porque família é assim mesmo, tem os perrengues mas tb tem o amor e a união.

Monday disse...

Patch

bom, se o nível de saudades é assim, nós vamos nos encontrar no além ... os dois morridos ... rsss

Desejos

a última moça pra quem eu escrevia foi embora há um certo tempo ... rsss

quem sabe um dia uma outra moça venha para o lugar dela, não?

Gauchita

vestido bem vestido costuma deixar moças muito elegantes e atraentes ...

mas que o cara era realmente sem noção, não há dúvidas ... rsss

Monday disse...

Joyce

Jogos de amor são uma coisa muito esquisita mesmo ... é um tal de não fazer o que se quer, porque alguém pode pensar que o que se quer não deveria ser exatamente assim ou assado ...

conheço muita gente que não conseguiu ir ao cinema em tempo ... rssss

Minha Nega

embora pareçam contos, os textos do livro eu chamei de crônicas porque, pra mim, são retratos do cotidiano ... talvez um pouco mais grandinhos que as crônicas tradicionais ...

mas conto ou crônica, acho que retratam bem as esquisitices que todos nós costumamos fazer ...

Monday disse...

Charlote

se se morre de amor é realmente um poema bem bonito ...

e Gonçalves é o início do romantismo na literatura nacional, não?

ah, bons tempos de segundo colegial ... recordações mil na memória ...

Lívia

às vezes a vida deixa as pessoas mais amargas, mesmo ... o mais divertido é que, se vc olhar bem a sua volta, vai encontrar muita gente parecida com os três personagens ... rsss

Monday disse...

Cris

eu estou separado há quase quatro anos e acho que, no começo, a coisa é meio difícil mesmo, até se adaptar às novas realidades e a uma família separada em duas casas ...

mas acho que, do mesmo jeito que hoje muitos adolescentes são verdadeiros aborrecentes, pais e mães, separados ou não, nem sempre se lembram que quem constituiu a família foram eles ... e se tava bom na hora de fabricar, fingir que não é com eles na hora de cuidar com certeza não é a melhor opção ...

educar dá trabalho, mas eu acho que a recompensa não tem preço se você se dedicar e der sorte que seus filhos não saiam muito tortos ... rsss

as minhas, pelo menos, são minhas melhores companhias ... principalmente nesses últimos quatro anos ...

Bandys disse...

Monday,

Beijos e um final de semana com muita agitação paz e amor!!

Beiijos

Anônimo disse...

Pois é Flá....
Somos assim,um eterno aprendizado,acredito que podemos tirar de todas as experiencias grandes lições para que possamos nos melhorar...tudo são escolhas...nossas escolhas...
Beijocas
Nega

Cris_do_Brasil disse...

Quantas pestinhas, op`s, filhas vc tem? Fui criado pelo meu pai (com alguma malcriação junto, como se vê rss) e ele teve 5, magine a confusão. Mas ele foi meu herói.